sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Educação

A sociedade contemporânea não é tão diferente das sociedades que a antecedeu quando nos remetemos ao fato histórico denomindo relação de exploração. Reis e escravos, senhores e servos, burguês e proletário. Nas três relações que representam três épocas distintas da história da humanidade, prevelace o fato de homens subjugarem outros homens na concreta realidade da relação Propriedade privada versus Trabalho. Em pleno século XXI, tal relação ainda predomina como elemento chave no metabolismo da práxis social, fazendo da realidade contemporânea, uma realidade de injustiça, violência, desperdício e escasses, dentro de um contraditório mundo de abundâncias e riquezas naturais.
Discorrer sobre o papel da educação, dentro desta teimosa realidade histórica, nos requer um tanto de cuidado para não caírmos em pressupostos e afirmações idealístas que buscam para a educação uma função que não lhe é original; uma função de agente de transformação social. A educação, historicamente, tem a funçao de reproduzir a totalidade da práxis social, e esta sob o domínio das classes dominantes. O agente historicamente capaz de transformar a realidade do sistema social é o trabalho. É a partir do trabalho que a sociedade não somente se reproduz, como também, se transforma. O trabalho, apesar de subjugado à propriedade privada, é a atividade humana que contém elementos ontológicos capaz de alterar substancialmente os rumos da história.
A educação, assim como outros complexos sociais (linguagem, cultura, política, direito) é gerada e desenvolvida a partir dos pressupostos econômicos fundadas na relação de produção mediado essencialmente pelo trabalho. Na relação de produção da materialidade objetiva do homem enquanto ser social, encontra-se a semente da leis que regem as sociedades e seus tempos. É na relação Propriedade Privada dos Meios de Produção versus Trabalho Assalariado que reside o problema da totalidade do ser social, portanto, local onde reside o problema da humanidade. A questão fundamental dos outros complexos sociais, tais como os subracitados complexos da educação, cultura, linguagem ,etc, está sobre o metabolismo da reprodução desta relação, e com isso se faz necessário o reconhecimento da luta histórica entre a classe (e não somenet grupos) que produz a riqueza e a classe que se apropria desta riqueza. Por tanto, é necessário o reconhecimento da educação como um instrumento ideológico originalmente da classe dominante, mas que, dentro de uma totalidade não homogênea, pode e deve assumir para a classe trabalhadora o caráter revolucionário em prol de uma sociedade coletiva emancipada.
Uma sociedade verdadeiramente democrática é uma sociedade emancipada. Uma sociedade sem exploração do ser humano.

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